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quinta-feira, agosto 26, 2010

CONCURSO PARA PROFESSORES DEVE SER PRIORIDADE NO PRÓXIMO GOVERNO


Atenção, abrir em uma nova janela. 
Nos últimos anos, o fraco desempenho dos estudantes da rede pública de ensino de São Paulo foi atribuído, entre outros argumentos, ao absenteísmo docente. Em entrevista, Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp (o sindicato dos professores das escolas estaduais), falou sobre o tema e analisou as propostas dos candidatos ao governo paulista.
Observatório da Educação - Os professores da rede pública paulista faltam muito ao trabalho?

Maria Izabel Noronha - Há muito mais falta de professores, no sentido de que falta um número adequado na rede, principalmente porque esses profissionais estão deixando a profissão em virtude da falta de atratividade da carreira, do que falta do professor ao trabalho enquanto contratado da rede estadual.
Em relação às faltas, esta é uma questão muito maquiada, porque não se discute o adoecimento da categoria, já comprovado por pesquisas. Pesquisas da própria secretaria de educação já foram veiculadas nos jornais indicando que as principais doenças que afetam os professores são relacionadas à voz e LER, principalmente tendinite.
As condições de trabalho levam a um grau de adoecimento e isso já deveria ser levantado pelo próprio governo. E o que o governo tenta fazer nesses casos? Apenas medidas paliativas que acobertam um problema estrutural.

Observatório - E essas faltas chegam a afetar a qualidade do ensino da rede pública?
Não deveria, mas como a forma de contratação [de professores] é incerta, cria problemas. Se alguém tem problema de voz e é afastado por licença médica, se coloca um professor contratado precariamente por um tempo. Não será o mesmo professor que vai dar continuidade ao projeto político pedagógico discutido por todos no início do ano.
E há a irresponsabilidade do governo em não tratar questões que temos debatido há anos, como o número de alunos por sala de aula, o projeto arquitetônico da escola, as carteiras, o pó de giz etc. Porque o problema da voz é causado tanto pelo uso excessivo dela, por causa de uma sala muito numerosa, ou pela exposição ao pó de giz que se assenta nas cordas vocais. Muitos também passam a ter rinite e outros problemas. Podia ter um microfone, por exemplo.
A verdade é que os materiais pedagógicos se mantêm desde que foi inventada a escola. A sala, a lousa, o giz, o apagador e as carteiras. Não mudou uma linha no Brasil. Nós temos que avançar também nesse conjunto de questões que permite ao professor trabalhar melhor.
Há também outras questões, como a ausência de funcionários. Faltam inspetores e pessoas para recepção no portão da escola. Até a Rose [Neubauer, secretaria estadual de educação entre 1995 e 2002], nós sempre tivemos esses funcionários nas escolas. Foi ela quem acabou com este apoio. Eram profissionais que olhavam se tinha algo de estranho nos corredores, por exemplo, ou na entrada dos alunos. Hoje quem faz isso é o diretor, o professor.
Tem também a questão da violência, que tem levado professores a terem problemas emocionais e comportamentais muito sérios, como síndrome do Pânico.
Se [o governo] investisse na estrutura, esse profissional não seria substituído, não precisaria pagar duplamente, porque quando um profissional se afasta, tem que pagar o substituto. Olha só a irracionalidade na forma de administrar o tal “choque de gestão”. É um choque mesmo, um choque de problemas. Uma cadeia de problemas que vai se ampliando, envolvendo a secretaria de saúde, os departamentos médicos e por aí vai.

Observatório - Qual o principal problema das políticas públicas para a educação em São Paulo?

Maria Izabel - O principal problema é falta de investimento. Porque todo profissional também precisa de sua ferramenta de trabalho atualizada. Só giz não, pode ser diferente. O professor dá aula para um aluno que já mexe na internet. Se não se pensar em alterar o ambiente da sala de aula, não vai ter atratividade.
A primeira questão é investimento, depois infra-estrutura e a valorização dos profissionais. Se investir só em estrutura e não tiver valorização, ele vai dar aula em duas escolas, e vai continuar arrebentado do mesmo jeito.
É preciso que haja concursos públicos para cobrir essa demanda de profissionais de educação, principalmente porque há uma grande quantidade de professores em contrato temporário. E há muito tempo que não se faz concurso para funcionário de escola.
É urgente também organizar o ambiente escolar para que, coletivamente, haja uma escola positiva. Se o professor e o diretor continuarem sobrecarregados, vai acontecer isso aí, esse blecaute que está ocorrendo.

Observatório - Como avalia as ações do poder público?

Maria Izabel - A Constituição concede autonomia a estados e municípios, mas eles não cumprem suas obrigações. Aqui [em São Paulo] está dito claramente que educação não é a prioridade. Eu vejo um total descompromisso, um desrespeito com os professores. E quem desrespeita qualquer profissional que presta serviço público, não respeita a população, porque elegemos governantes esperando ter um serviço público de qualidade.

Observatório - Como analisa as propostas para educação dos candidatos ao governo paulista?

Maria Izabel - A grande questão que eu coloco é: qual é o perfil do candidato? Ele vai estar aberto a negociar, a ouvir os professores e a sociedade? Nós vamos ter um Plano Estadual de Educação, que de fato ofereça para o estado de São Paulo um sistema educacional de forma articulada, desde o infantil até o ensino médio, que é a responsabilidade da esfera estadual? Eu penso que é importante colocar essas coisas no centro da discussão.

Observatório - E qual o papel da greve na pressão por essas demandas?

Maria Izabel - Se você me perguntar teve uma vitória econômica? Não teve. A maior vitória é essa sacudida que você dá na sociedade de que não está nada bom, não. As coisas não estão funcionando direito. Não é verdade que tem dois professores por sala, ou que professores ganham sete mil reais. Isso tudo é para parcelas muito pequenas [dos professores], e nós não queremos exceções, nós queremos trabalhar é com a qualidade social para todos.
Parece que o professor precisa abrir mão da vida para assumir a profissão. E nós já rompemos isso, quando partimos para a busca da profissionalização. Quando caminhamos para a profissionalização, reivindicamos ferramentas de trabalho melhores, para oferecer um serviço de qualidade. Uma fábrica, se ela quiser produzir melhor, vai investir em novos equipamentos. Eu não quero trazer a realidade da fábrica para a escola, mas não é tão diferente. Não pode ser essa coisa sem nenhum planejamento.
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domingo, agosto 22, 2010

VALORIZAÇÃO E RESPEITO AO MAGISTÉRIO PAULISTA JÁ!

(artigo originalmente publicado no Jornal Impacto - autor: Carlos Orpham)

Neste mês de agosto deu-se o reinício das aulas para os alunos da rede pública de ensino do Estado. A APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - quer dar continuidade à campanha salarial e educacional neste segundo semestre. Por isso, a diretoria da entidade elaborou um calendário de lutas para o próximo período, com o mote “Valorização e Respeito ao Magistério Paulista”, como forma de reforçar a denúncia contra as políticas adotadas pelo governo do PSDB/DEM que desrespeitam e ferem os direitos dos professores e prejudicam a qualidade do ensino
em São Paulo.
No mês de setembro, a APEOESP realizará uma Caminhada Estadual em Defesa da Escola Pública com a presença de pais, alunos, professores e outras categorias profissionais parceiras, que sentem na pele o descaso do governo tucano com a educação. O palco da manifestação deverá ser a Avenida Paulista, que segundo a presidente da entidade, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, é o lugar ideal para denunciar à sociedade as mazelas da educação pública em São Paulo.

Pa
ra quem atua em outros sindicatos de trabalhadores, como eu que sou dirigente bancário, por mais que conheça o problema do assédio moral no local de trabalho, não consegue imaginar que isso possa acontecer entre os profissionais da educação. Porém, um estudo mais apurado e uma boa conversa com os dirigentes da APEOESP nos revelam, infelizmente, uma situação lamentável. Por vezes diretores, supervisores e coordenadores são repetidores da política do governo contra os professores, chegando, alguns, às raias do abominável assédio moral nas escolas e outras formas de opressão. Por isso, assim como o sindicato dos bancários, a APEOESP está editando materiais específicos sobre esses temas.

Ainda faz parte do calendário de lutas dos docentes oficiais paulistas para este segundo semestre a entrega da pauta de reivindicações da categoria aos candidatos a governador. A idéia e arrancar o compromisso de cada um, se eleito, em adotar políticas que valorizem e respeitem o Magistério, garantindo melhoria na qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Todos nós sabemos que as condições de trabalho desses profissionais são muito ruins. Ninguém consegue ensinar, nem aprender, em uma sala com mais de quarenta alunos, com salários rebaixados, tendo que fazer dois ou três turnos de trabalho.

Aumentar o número de professores concursados PEB II também é importante e o tema também está merecendo atenção do sindicato. Todas as previsões da entidade sindical sobre os problemas na realização do curso de formação que se tornou a terceira etapa do concurso, estão ocorrendo. A Lei Complementar 1094 criou 80 mil vagas para concurso, mas apenas 10 mil candidatos foram chamados. É muito importante que, de imediato, sejam convocados os 56 mil candidatos aprovados e que sejam abertas novas vagas, dentro do que prevê a LC 1094.

Como se vê, a luta é grande e difícil. Porém, necessária!
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sábado, agosto 21, 2010

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS

PANORAMA DA EDUCAÇÃO: AVANÇOS E DESAFIOS

O debate em torno de uma Educação de qualidade vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade brasileira - Mozart Neves Ramos

 Mozart Neves Ramos
 O debate em torno de uma Educação de qualidade vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade brasileira. Para aproveitar os bons ventos da economia, o país precisa mais do que nunca assumir o caráter de urgência da Educação. É dentro desse contexto que apresento aqui uma avaliação do panorama da Educação no Brasil hoje, a partir de dez importantes pontos, entre grandes passos dados e outros que ainda precisam de muita atenção. Primeiro, o mecanismo de financiamento para toda a Educação básica foi implantado com o advento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), da creche ao ensino médio. Foi um belo exemplo de continuidade de política pública, construída a partir do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do ensino fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Também ótimo exemplo de continuidade, agora a partir do Sistema de Avaliação da Educação (Saeb), é o fato de que a avaliação de desempenho chegou àEscola por meio da implantação do Prova Brasil — passando, portanto, de uma avaliação amostral e atingindo o universo dos estudantes. 
A cultura de metas para a Educação foi reforçada, com a criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), para aferir o rumo da qualidade até 2022. Em relação aos recursos para a área, o regime de colaboração entre os entes federativos foi fortalecido por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR), dando maior transparência à aplicação dos recursos públicos. Nesse sentido, também, a promulgação da Emenda Constitucional 59/09, que tornou obrigatório o ensino dos 4 aos 17 anos, a partir de 2016, e ampliou os recursos para a Educação básica a partir do fim da incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na Educação. 
Outro importante esforço foi a ampliação da oferta de ensino superior e de Educação profissional tecnológica, mediante a interiorização de novos câmpus e criação de universidades e Institutos Federais de Educação Tecnológica (Ifets). Infelizmente, essas novas universidades foram ainda criadas no modelo atual de gestão, já ultrapassado. 
Em relação aos professores, a Lei do Piso Salarial para a categoria foi aprovada. Trata-se de imprescindível passo para a valorização do magistério, mas que, praticamente, não saiu do papel na larga maioria dos estados e municípios. No nosso entendimento, resgatar a valorização do professor passa a ser o maior desafio para os futuros governantes, ou seja, o desafio a ser vencido, caso o país queira aproveitar o momento favorável na economia. A carreira do magistério precisa se tornar (ou voltar a ser) objeto de desejo. 
A erradicação do analfabetismo, na faixa etária de 15 anos ou mais, andou de forma muito lenta, obrigando mesmo o presidente Lula a chamar os governadores do Norte e Nordeste para intensificar essa ação. Além disso, o Ministério da Educação (MEC), ao contrário de alguns estados e de vários municípios, não instituiu um indicador nacional para aferir o analfabetismo de crianças até os 8 anos de idade, e assim a “torneira do analfabetismo” vai continuar aberta. 
Outro dever de casa dos futuros governantes é uma política pública voltada para o ensino médio, que ainda apresenta altos índices de abandono e registra baixo desempenho Escolar. Dos alunos que chegam ao final da 3ª série dessa etapa da Educação básica, menos de 10% aprenderam, por exemplo, os conteúdos esperados em matemática. Os jovens querem uma Escola que caiba na vida, e não a encontram no atual modelo de ensino médio. 
Por último, é importante ressaltar que o Brasil alcançou apenas um terço das metas previstas no atual Plano Nacional de Educação, que se conclui este ano. Mas, a atual gestão do MEC tem agora o mérito de elaborar um novo PNE (2011-2020) mais enxuto, com poucas metas e com recursos adequados à sua execução. Dessa forma, com certeza poderá ampliar a mobilização da sociedade brasileira pela causa da Educação. 
Sem dúvida foram avanços importantes, inquestionáveis, mas o tamanho da dívida histórica deste país com a Educação é tão grande que muito ainda precisa ser feito, e com agilidade, exigindo de toda a sociedade participação efetiva na busca de uma Educação de qualidade para todos. 
Fonte: Correio Braziliense (DF)
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sexta-feira, agosto 20, 2010

ANIVERSÁRIO: FESTA EM DOSE DUPLA...

Eu nem sei se mereço tanto...
Foram tantas demonstrações de carinho que fiquei meio perdida... Uma única aniversariante e muitas festas para comemorar...
Muitos abraços, muitos beijos, muitos votos de felicidades... Emoção, alegria, lágrimas (de alegria)...
Há coisas que, como eu sempre digo, não tem preço...

Registro aqui alguns momentos para compartilhar com todos:









































































































































































































































Nada se compara à alegria de poder compartilhar com os meus alunos, momentos tão especiais 
da minha vida. 
Aos meus alunos queridos, muito obrigado pela imensa felicidade que me proporcionaram!
Que Deus os abençoe sempre!!!!!


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